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Tradução de Diogo Paiva

 

76 páginas

 

«Mas então, coloco a questão seguinte: será que a colonização abriu mesmo espaço para estabelecer um contacto? Ou, se se preferir, de todas as formas de estabelecer um contacto, era esta a melhor?

Eu respondo que não.

E digo que da colonização à civilização a distância é infinita; que de todas as expedições coloniais acumuladas, de todos os estatutos coloniais elaborados, de todas as circulares ministeriais expedidas, não se conseguiria extrair um único valor humano.»

 

Aimé Césaire (1913‒2008) foi um escritor e político nascido na Martinica. Anticolonialista convicto, foi fundador do movimento literário negritude, termo que foi também cunhado por si: «a consciência de ser negro, simples reconhecimento de um facto que implica aceitação, assunção da responsabilidade perante o seu destino de negro, da sua história, da sua cultura; é a afirmação de uma identidade, de uma solidariedade, de uma fidelidade a um conjunto de valores negros». André Breton era um admirador convicto da poesia de Aimé Césaire, em cuja obra, próxima do surrealismo, se incluem títulos como Cahier d'un retour au pays natal, Les Armes miraculeuses e Et les chiens se taisaient. Em 1947, criou, com Alioune Diop, a revista Présence Africaine. Como político, foi presidente da câmara de Fort-de-France, com início de mandato em 1945, o mesmo ano em que aderiu ao Partido Comunista Francês.

Aimé Césaire, Discurso Sobre o Colonialismo

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