Nestes tempos adversos em que os meninos pianotam, os homens granotam e as mulheres lêem com carinho livros encapados nos transportes públicos, a VS. quer fazer esquecer a vaga tecnológica farisaica que se abateu sobre um Portugal que já se tinha embrenhado há muito nos labirintos da ignorância.

O resultado foi que só ficaram de pé os livros que constituíam já lixo. Os restantes foram soterrados.

A VS. acredita na verdadeira e impura literatura.
A VS. ao remar contra a maré, editará o suor inconformista, as lágrimas orgamásticas e as palavras incorrectas. E até autores póstumos com originais no bolso.
A VS. é uma editora com saudades do futuro.

Numa época em que tudo está do avesso (salvo os guarda-chuvas!), a trincheira resistente e risonha que se apresenta aqui hoje só pode ter alvorada.

E se não tiver, achar-se-á.

O editor desta VS. é um velho agricultor a ouvir a chuva.
À nossa saúde! Às nossas orgias de leitura! E às outras também!